domingo, 19 de agosto de 2012
sexta-feira, 23 de março de 2012
Coleção CRT
Trata-se do acervo sobre a história da telefonia no Estado, pertenceu, entre outras empresas, à extinta Companhia Rio-Grandense de Telecomunicações (CRT). Compões este acervo também objetos tridimensionais, como mesas operadoras, telefones, cabines telefônicas, entre outros.
Cabo Aéreo instalado Rua Dr. Valle em Porto Alegre, foto Kurt Geissler/CRT, década de 1930.
Embora o foco dessas fotografias fossem a rede telefônica, as imagens são ricas em detalhes da zona urbana de Porto Alegre, retratando ruas, edificações, praças e vistas panorâmicas.
Rua Marechal Floriano (antiga Rua Bragança), esquina com a Rua dos Andradas, Porto Alegre 1930.
Av. Osvaldo Aranha, Porto Alegre 1930.
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quarta-feira, 12 de janeiro de 2011
O Fenômeno do Cartão-Postal
Com a evolução da impressão gráfica, a partir de uma fotografia era possível imprimir com modernas matrizes reticuladas. Assim, podemos ver as primeiras fotos em revistas ilustradas, como a Revista Vida Moderna em 1900.
Cartão Postal; Impresso; p&b; 14x9cm. Av. Independência, Bairro Centro. Porto Alegre/RS, 1904.
Cartão Postal; Impresso; p&b; 14x9cm. Praça da Alfândega, Rua dos Andradas. Porto Alegre/RS, 1900.
O desenvolvimento da impressão gráfica possibilita o surgimento de fotografias impressas em cartolina tamanho pequeno, com espaço no verso para uma pequena carta a ser enviada pelos serviços da Empresa de Correios e Telégrafos.
Cartão Postal; Impresso; Color; 14x9cm. Praça Parobé, Centro de Porto Alegre/RS.
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terça-feira, 9 de novembro de 2010
Equipamentos Fotográficos
A coleção reúne peças produzidas provavelmente entre 1890 a 1980 e exemplificam importantes transformações na história da fotografia. Destaca-se a crescente popularização, como também a profissionalização da fotografia, impulsionada, sobretudo, pelo aperfeiçoamento dos processos produzidos com materiais mais estáveis e sensíveis à luz, bem como o surgimento das câmeras de pequeno formato.
Fotografia Estereoscópica
Este tipo de fotografia surgiu nas três últimas décadas do século XIX, mas parece ser na transição para o século XX, que despontam diversas marcas de câmeras, bem como aparelhos para observação de cópias ou transparências, geralmente utilizados para captar imagens de vistas urbanas e paisagens.
A estereoscopia é um procedimento fotográfico destinado a satisfazer a ilusão de relevo, que somado ao fato da visualização por meio de aparelhos, aproxima-se da experiência do cinema, porém sem o movimento das cenas.
Arroio Dilúvio, Porto Alegre, 1910. Estereograma, diapositivo, em vidro: gelatina/prata, p&b, 10,5x5cm. Coleção Vera Clausmann.
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Maquinas Fotográficas
Por volta de 1890, a empresa Eastman Kodak, lança no mercado a câmera tipo BOX como filme em rolo, carregável à luz do dia. Essa câmera, muito simples de usar, com foco e exposição fixos, permitia o acesso de qualquer pessoa ao ato de fotografar.
Como anunciava a campanha publicitária:
Você aperta o botão e nos fazemos o resto.
Até a década de 1920 muitos fotógrafos profissionais continuavam utilizando equipamentos de grande formato, como as câmeras com fole para negativos de vidro. Com o surgimento das câmeras Leica, são incorporados vários aspectos inovadores ao ato de fotografar: um corpo pequeno e completamente metálico, um mecanismo que fazia avançar o filme e armava o obturador em um só movimento e, o mais importante, a possibilidade de utilizar filme cinematográfico comum. Esses equipamentos de pequeno formato revolucionaram o emprego da fotografia nos meios de comunicação, bem como incentivaram as publicações em revista ilustradas.
Câmera Zeiss Ikon
Câmera Rolleiflex
As câmeras reflex de duas objetivas, ou TLR (Twin Lens Reflex), surgem logo depois, com a famosa marca Rolleiflex. A TLR possui sistemas separados de visão e de tomada da foto e a tela de vidro despolido permite ver com clareza a composição exata da imagem que será fotografada.
O filme formato 120, que produz negativos 6x6cm, possibilita uma qualidade técnica superior, já que, a estrutura do grão é praticamente invisível nas ampliações maiores. Não é de estranhar que seja o formato preferido de muitos fotógrafos de arquitetura, de naturezas-mortas e de outros temas estáticos.
A Rollei e seus sistemas de flash sincronizados, também foi muito utilizada nas reportagens fotográficas, até a sua substituição pelas câmeras com filme 35mm, principalmente a partir dos anos 70.
quinta-feira, 4 de novembro de 2010
MUSEU da COMUNICAÇÃO
Hipólito José da Costa
Transformações da Cidade: A História de Porto Alegre através das Fotografias
Se olharmos com atenção veremos que, mais do que prédios, praças e ruas essas fotografias nos mostram o constante processo de transformação da malha urbana e de suas edificações de acordo com as mudanças econômicas e sociais que se estabeleceram entre o fim do século XIX e inicio do XX.
As fotografias do século XIX nos possibilitam voltar ao tempo em e a Cidade apresentava muita influência da arquitetura colonial portuguesa, caracterizada pela “singeleza das fachadas, utilização de telhados com coberturas de telha cerâmica e amplos beirais” (Corona, 1990).
Praça Montevidéu e Rua Sete de Setembro, Década de 1880.
Através a via batizada pelo sugestivo nome de Rua da Ladeira, se chegava à parte alta da Cidade, longe do barulho e da sujeira da parte baixa. Aquele espaço ficou mais restrito ao mundo político, social e religioso.
Localizava-se ali a antiga Casa Bailante, o Theatro São Pedro, a Casa da Câmara, o Palácio do Governo e a Igreja da Matriz, além e residências de importantes lideres políticos que foram se espalhando pela Rua Duque de Caxias.
Palácio Piratini e Igreja Matriz, década de 1880.
terça-feira, 2 de novembro de 2010
Estúdios Fotográficos em Porto Alegre (1853 - 1920)
O aparecimento da prática fotográfica em Porto Alegre está ligada à instalação do estúdio de Luiz Terragno e Bernardo Grasseli, em 1853. No estúdio, Terragno fotografava e Grasseli fazia o trabalho de pintura e retoques. Comercializavam vários tipos de processos fotográficos: daguerriótipos, ambrótipos, cinotipos e mais tarde as fotografias albuminadas, nos formatos carte de visite e cabinet, contribuindo assim para popularização crescente da fotografia.
Luiz Terragno & Cia. Retrato de Homem desconhecido, fotografia: albumina, carte de visite, entre 1881e 1885.
Atelier Calegari
Após a virada do século foram introduzidos os papeis com gelatina. As câmeras utilizadas são de madeira com fole, com cartuchos onde se colocam as chapas de vidro, e depois são produzidos com plásticos (filme plano). Estes negativos, de baixa sensibilidade, exigiam uma longa exposição, motivo pelo qual, eram oferecidos recursos para conter o movimento do fotografado, como cadeiras, pedestais, ou até mesmo suportes que ficavam escondidos atrás da cabeça.
Os estúdios passam então, a serem freqüentados por grande parte da população, independente da camada social, pois existiam estúdios para as camadas mais altas e mais baixas. Era moda ir a um estúdio, geralmente tirar um retrato com uma indumentária especial, disponível no próprio local, com um cenário produzido (telões pintados ao fundo e outros mobiliários e adereços) e oferecer a um ente querido, como prova de amor e amizade. Por isso muitas das fotos que se encontram no acervo, apresentam uma dedicatória.
Photografia Central Ferrari
Retrato de mulher, Carlos Ferrari. Fotografia: Gelatina/prata, carte cabinet, p&b. Porto Alegre, 1909.
Photographia Barbeitos & Irmão
Retrato de casal, Photographia Barbeitos & Irmão. Gelatina/prata, carte cabinet, p&b. 1912.
As incipientes transformações urbanas que marcam o final do século XIX e início do século também foram alvo dos fotógrafos como os Irmãos Ferrari e Vírgilio Calegari que produziram conjuntos de vistas da cidade. Esses fotógrafos apresentam-nos uma cidade que ao olhar atual revela-se desconhecida. As casas nas ruas do centro da cidade, praças e monumentos, os locais de comércio, que hoje estão em outro lugar ou não existem mais e vistas panorâmicas que nos localizam a cidade circundada pelo Lago Guaíba.
Nestas imagens, ficaram registrados as carroças, a iluminação à gás, os diversos “tipos sociais” que habitam a cidade, como se vestiam e os principais espaços por onde circulavam, além de características dos bairros adjacentes, como a Cidade Baixa e o Menino Deus.
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